7.12.04

À mesa com os amigos

Por que folguei ao sábado, sentei-me à mesa com os amigos.
De manhã tinha comprado o livro “A festa de Babette” e embora as duas coisas nada tivessem a ver uma com a outra, foi uma refeição que fez com que a associação de ideias surgisse.
Enquanto naquela a ementa fosse principalmente a amizade, já nesta as iguarias eram dum requinte inusitado.
Vi o filme e pelo menos uma vez na vida gostaria de poder usufruir do prazer de dar daquela maneira e de orgulhosamente de me despojar do que por ventura tivesse de mais valioso, a minha dádiva de espanto!
Dos jantares de amigos nunca me lembro do que como, mas do que o meu ser se alimenta, pois essa é na verdade a fonte da vida.
O aperitivo foi “choro de bisneto”, salgadinho qb.
Seguiu-se a entrada de “cogumelos com farinheira” à amor de neta.
Para prato principal um “esparguete acrescentado cada vez que chegava mais um amigo”.
O vinho foi “chambreado” no calor da conversa.
Música suave durante o repasto, mas a acompanhar o café depois de uma sobremesa de “pão-de-ló sem buraco e mole no meio”, a guitarra dedilhada pelo dono da casa, à luz de velas e solos de riso que só a amizade sabe produzir.
No final da noite, à despedida, os abraços possíveis pois as bagagens de amor que levávamos connosco nos impediam de dizer adeus, mas até sempre!
E tudo isto porque folguei ao sábado e porque tenho como amigos a minha família para além daqueles que sendo meus amigos já fazem parte dela.

3 comentários:

Anónimo disse...

Enchia-se-me a ALMA enquanto lia estas palavras!Espero que haja mais e mais jantares com os amigos.
BJS Xixarrabelha

Anónimo disse...

E porque os amigos se merecem, tenho a dizer que não me espanta que os tenhas _ beijo, amiga!, IO.

Anónimo disse...

É mt bonito sim senhora.....