24.9.06

Quem quer ir à Guerra...




A Caminho de Guantanamo
Título original: The Road to Guantanamo De: Michael Winterbottom
Com: Riz Ahmed, Farhad Harun, Waqar SiddiquiGénero: Doc, Dra
Classificacao: M/16 GB, 2006, Cores, 95 min.

argumento

Parte ficção, parte documentário, "A Caminho de Guantanamo" é um olhar que nos leva ao interior da mais polémica prisão americana. O filme relata a história de três muçulmanos britânicos que estiveram detidos durante dois anos, em Guantánamo, Cuba, sem qualquer acusação.
Conhecidos como "Os Três de Tipton", numa referência à sua cidade natal no Reino Unido, os três homens tinham deixado o Reino Unido para assistir a um casamento no Paquistão e acabaram capturados e detidos. Foram libertados ao fim de dois anos sem qualquer acusação.
Numa altura em que voltam a estar na mesa as suspeitas de violações dos direitos humanos nas prisões americanas e em que o Presidente George W. Bush admite estar a "estudar todas as possibilidades" para Guantanamo, antevendo a hipótese do seu encerramento, o filme de Michael Winterbottom ("9 Canções", "24 Hour Party People") lança novas achas para o debate. "A Caminho de Guantanamo" ganhou o Urso de Prata para Melhor Realizador no Festival de Berlim, em 2006.
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Quem vai à Guerra dá e leva...sempre ouvi dizer, mas neste caso ocorre-me pensar que há quem seja fanatizado para servir de bomba-suicida e há aqueles jovens que brincam às escaramuças, como muitas vezes os vemos nos telejornais pelas ruas vermelhas de terra e de sangue.
Estes "Três de Tipton" iam "ajudar" à causa, eram muito jovens e queriam saber afinal como era. Não eram de todo inocentes.
Apanhados, foram tratados como terroristas, com o tratamento que o medo e a dúvida inspiram, e se nós sabemos desde aquela data o quão latente estava o medo e a necessidade de vingar as vítimas do 11/9.
Com os próprios a narrar o acontecido que bons actores interpretam de tal forma que poderiam ser eles mesmos, o filme leva-nos com realismo até ao Afganistão dos Talibans.
Não fui ludibriada pela qualidade do filme inglês, que me levou a ver este, e não penso que a classificação para M/16 esteja correcta, tanto o horror que passa por essas televisões com classificações bem mais soft.
Um óptimo documentário se assim o entenderem.

21.9.06

WTC



WORLD TRADE CENTER

Realizador: Oliver Stone
Actores:» Maria Bello» Nicolas Cage» Stephen Dorff» Jay Hernandez» Maggie Gyllenhaal

Ano: 2006Idade: M/12Duração: 129 minutosGénero: Drama / HistóricoDistribuidora: LusomundoPaís de Origem: EUA

Sinopse:Beaseado na história real de Will Jimeno e John McLoughlin, dois bombeiros que participaram da operação de resgate no dia dos atentados ao World Trade Center, em Nova ~Iorque, e ficaram presos nos escombros depois que os prédios desabarem...

Retirado de [ www.7arte.net ]

Não há novidade, tudo é "déjà vue" nas inúmeras reportagens vistas desde então, nada que não tenhamos já visto nestes longos cinco anos.

Para além da qualidade esperada deste filme, sendo quem é o realizador, só muito pela rama se insinua conspiração, como é tese de alguns, pelas palavras "implosão" e "bomba" no meio de uma frase...

Pessoalmente dispensava certas cenas de família à americana, mas isso sou eu, claro.

Digamos que depois de sermos bombardeados com imagens e relatos do que aconteceu no WTC o filme é apenas mais um.

Apesar de tudo penso que as cenas do interior dos escombros estarão muito bem retratadas.

20.9.06

Numa frase...


Tinha decidido ir ver "Volver" de Almodover.
E porque, últimamente, só me apetece ler e escrever sínteses e apenas desgustar o suco das coisas, aqui vai uma frase que me ocorreu no final do filme, que não é, nem nunca pretende ser uma crítica.
"Volver" é um filme de Mulheres e de Morte, em como na impunidade se pode fazer justiça...
A loucura e o sobrenatural são indissociáveis, tocados pelo vento Suão.
Almodover canta aqui, como é já seu hábito, um hino à Mulher, à sua força e cumplicidade, que Ela bem sabe demonstrar nos grandes e graves momentos.

Imagem tirada

deste excelente blog sobre cinema

17.9.06

O Teclar


O comer, o coçar…e o teclar



-Está no começar, ou por outras palavras é uma questão de inércia, que a há do repouso ou do movimento e eu acrescento do silêncio.


-Daí que me propus começar mesmo sem ter nada para dizer e a inércia do repouso ser já uma bem disfarçada desculpa para a preguiça.


-Será que depois de falar de mim fiquei cansada? Esgotei os temas para as fotos, não me apetece enveredar por temas muito sérios, sei lá, falta o assunto com interesse e que não me obrigue a entrar em demasiadas polémicas.


-Se isso fosse possível gostaria de adquirir uma razoável dose de loucura e não ser por algum tempo aquela mulherzinha certinha, com que todos podem contar, seja no trabalho, no meio da família ou entre os amigos. Viver um pouco sem responsabilidades de maior. E aqui vem a borboleta, a tal que cresce com a irresponsabilidade sempre que tomo determinado medicamento…


-Enquanto a borboleta não crescesse eu podia falar da falta de tacto do Papa, do genocídio no Darfur, nos atentados no Iraque, no abuso sexual e maus tratos em crianças de dois anos, no conflito entre Israel e seus vizinhos, tufões, corrupção, a fome, a injustiça…, mas não quero!
Hei-de falar do aborto, um pouco mais tarde, mas vão pensando no assunto, que eu já pensei bastante, mas por favor nada de hipocrisias.
Saí para tirar uma foto, ela aqui vai:


-O Sol por detrás duma nuvem, como a esperança…

7.9.06

O Desafio


Porque de um desafio se trata, o de olharmos para dentro de nós e nos espantarmos com o que nos é dado ver, de diferente, desde a última vez que lá fomos.
É um bom exercício e pode-nos ajudar a corrigir determinados pequenos defeitos, já que os grandes são difíceis de reconhecer por nós mesmos.
Assim me lembrei de pedir a dois amigos com quem estive há dois dias que me nomeassem algumas características da minha personalidade.
Com grande mágoa e tristeza minhas, e um certo espanto, para um eu sou:

-não tem juízo
-estouvada
-consumista (isto por causa dos 7 telemóveis que tenho)
-censuradora
-chata
-melga
-burocrata
Ao que a filha acrescentou, para não ser só coisas más, elegante.

(com tantos defeitos será que ele é mesmo meu amigo?) …

Já para a minha amiga Mi:

-sabe ouvir
-tem personalidade
-grande elasticidade mental
-sensível

Aproveitando a visita da minha neta fiz-lhe a mesma pergunta, ao que ela respondeu:

-é uma pessoa p’ra frente
-uma mente aberta
-sempre actualizada
-gosta de ter sempre o último modelo… (isto por causa dos 7 telemóveis que tenho).

Daquilo que eu SEI de mim, resta-me acrescentar que:

-sou ferozmente independente
-a injustiça e a falta de respeito deixam-me irritada até ao infinito
-sou vaidosa e gosto que me digam coisas bonitas…
-cuido o melhor que sei da minha saúde mental e física.
-não gosto de compromissos, mas se os tenho, cumpro-os.
-impaciente, quero tudo para ontem…
-adoro máquinas…lol

Penso ter dado um retrato bastante completo do meu EU.

Custa-me muito desafiar pessoas para este tipo de coisas, por isso se por cá passarem
O Gil
A Clara
A Isabella
A Luísa H.

E se quiserem, respondam