27.4.05

Roubo de Peixe


Retirado doblog100nada


Um apelo urgente, três coisas apenas...


O Sr. Nélson Mendes tem 32 anos e é tetraplégico desde os 19. Publicou um livro, realizou diversas exposições das suas pinturas, foi entrevistado por alguns jornais, esteve em dois ou três programas de televisão. Alguns dos seus problemas mais imediatos foram resolvidos, com o auxílio de diversas entidades e com a ajuda de muitas pessoas, entre figuras públicas e perfeitos anónimos. No entanto, o facto é que o Nélson não pode sair à rua, tem um acesso complicado e dispendioso à Internet e tem de pagar a assistência domiciliária, da qual depende em absoluto. Mendes tem 32 anos e é tetraplégico desde os 19. Publicou um livro, realizou diversas exposições das suas pinturas, foi entrevistado por alguns jornais, esteve em dois ou três programas de televisão. Alguns dos seus problemas mais imediatos foram resolvidos, com o auxílio de diversas entidades e com a ajuda de muitas pessoas, entre figuras públicas e perfeitos anónimos. No entanto, o facto é que o Nélson não pode sair à rua, tem um acesso complicado e dispendioso à Internet e tem de pagar a assistência domiciliária, da qual depende em absoluto.

Ver mais onde a gravura foi roubada

23.4.05

CarlosGil


Fizeram XICUEMBO nele, até aposto!

Que o nosso amigo só tem tido problemas com as "Moradas" .

Se fôr lá bater à porta e não o encontrar, procure aqui,neste lugar.

20.4.05

Sopeiras e Magalas (a Maria)



Por causa deles, ao Domingo, namorar só em casa que a rua era para sopeiras e magalas, dizia a minha mãe, que nunca me deixou sair ao Domingo com o namorado. Maria, que era corcunda, e me ensinou a dançar enquanto cantávamos: Micas! Compra-me uns sapatos, Que sejam baratos P’ra dançar o charleston... Nunca foi nossa "sopeira", foi sim a nossa criada de fora, que as havia de dentro também, eram as que tinham cama, mesa e roupa lavada, a troco de todo o serviço. Tinha casado tarde, e logo que pôde montou o seu próprio negócio, fazendo doces e salgados para festas, casamentos e baptizados como fariam muito mais tarde, depois do 25 de Abril, quantas para sobreviver, as senhoras burguesas, e não só, despojadas que foram dos seus bens e terras, divorciadas dos altos executivos saneados. Muitas dessas senhoras ajudadas pelas tais criadas da (pela) família. Depois eu cresci e já no pós-guerra, fui estudar à noite, e ajudava a minha mãe na lide da casa, pelo que dispensamos a já nessa altura chamada de empregada e me tornei assim muito “prendada” e no que então se designava por "um bom partido". Um ano antes de casar deixei os estudos e comecei a bordar o enxoval... (suspiro)!

adenda:
Em homenagem à Mulher que me ensinou a dançar, actualizei este post com a fotografia dela, tirada em 1946

Casal de Loivos II


Esta foto data de Setembro de 1951, foi tirada a caminho, enquanto serra abaixo, da estrada que nos levaria a Alijó.

Casal de Loivos


Foi aqui,ao procurar informação sobre uma foto minha, que a seguir vou colocar, que encontrei esta tirada do mesmo miradouro...

18.4.05

Não escapei...

-Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
R -não podendo sair do F…(???), não entendo esta parte da pergunta…, mas gostaria de ser uma enciclopédia, senhora de muito saber e muita utilidade.
-Já alguma vez ficaste apanhada (o) por um personagem de ficção?
R –apanhada…apanhada…positivamente não.
-Qual foi o último livro que compraste?
R- Penso, não tenho a certeza, que foi “O Homem Duplicado”, de Saramago e que ainda não consegui acabar de ler…ou “Cão como nós”, de Manuel Alegre.
-Que livros estás a ler?
R- livros (plural)…o DB/81, da IO, que em boa hora me foi oferecido com muito carinho, tenho a certeza. Depois tenho o Código Da Vinci, O homem duplicado e a Festa de Babette a meio.
-Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
R- definitivamente uma enciclopédia I, II, III, IV e V volumes.
-A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?
R- Não vou fazer essa “ maldade “ a ninguém…lol

17.4.05

Do lat. provocatióne


Ora aqui me tendes a dar conta das minhas investigações, que foram aturadas, como não vos será difícil de constatar.

Ora a foto não é, não senhores, a da dita locomotiva de S. Bento.

Ora a dita até parece, pelo que se depreende de e-mail recebido, parece, dizia eu, continua lá.

Ora aqui vai a transcrição do dito e-mail para melhor compreenderes o que acabo de afirmar:

Cara Senhora

Do que conheço há 16 anos na estação de S. Bento, no Porto é uma miniatura de uma locomotiva a vapor existente na lateral que dá para a Rua do Loureiro.

Sempre ao dispor

Lourdes Sá


(a minha pesquisa começou aqui e foi por aí fora).

Só espero é ver foto recente do dito brinquedo, pois de brincar se trata...

Ora, e pois, um abraço aos provocadores

15.4.05

Estação de metro na 24 de Agosto

Informação e foto colhidas neste excelente blog passoapasso...
Não deixem de visitar quando forem ao Porto.

As obras arrastaram-se por mais de 2 anos. Taipais e mais taipais isolaram aquele largo, tirando a paciência a residentes, comerciantes e passantes. O trânsito era mauzinho e, quando chovia, ficava um lago imenso com capacidade de realizar competições de remo!Agora tudo voltou à normalidade. Foram retirados os taipais. Vê-se de novo o jardim e os prédios envolventes. e quem se der ao trabalho de descer ao subsolo e espreitar a nova estação de metro pode ver a grande razão de tão demorados trabalhos.Durante as escavações para instalar a estação foram descobertos os restos de uma fonte. Hoje podem ver-se, preservados. E digam lá se não é uma decoração original e digna de registo!!!!
Para quem desejar visitar, fica no Campo 24 de Agosto.
( foto de M. Vaz )

14.4.05

Palácio de Crystal




Foi em 1865 que a Associação revelou o seu verdadeiro talento para exposições ao organizar a Exposição Industrial Internacional do Porto e da Península, no recinto de ferro e vidro do Palácio de Cristal, construído especificamente para o efeito. A Exposição Industrial, para além de contar com a visita oficial do rei D. Luís, de Dona Maria Pia e do príncipe herdeiro, contou ainda com 3.139 expositores, dos quais 499 franceses, 265 alemães, 107 ingleses, 89 belgas, 62 brasileiros, 24 espanhóis, 16 dinamarqueses e ainda representantes da Rússia, Holanda, Turquia, Estados Unidos da América e Japão.
O Palácio de Cristal de hoje não tem nada a ver com o edifício original projectado pelo arquitecto inglês, F. W. Shields. Este arquitecto tinha no seu curriculum um palácio semelhante construído em Londres, no reinado da rainha Vitória. Infelizmente, o Palácio de Cristal original foi demolido em 1951.
Nesta data foi construído em seu lugar o Pavilhão de Desporto com projecto de Carlos Loureiro. Posteriormente, foi baptizado como Pavilhão Rosa Mota em homenagem à ilustre atleta portuense.
O Palácio de Cristal original remonta a 1860, quando um grupo de empreendedores conseguiu reunir o capital necessário para a criação de um edifício para organizar exposições agrícolas e industriais. Desta forma foi fundada a Sociedade para a Fundação do Palácio de Cristal portuense, que providenciou o melhor material, nomeadamente granito e ferro, que havia naquela época para a construção. A cúpula do seu salão de exposições era composta de ferro e cristal. Este salão era amplo o suficiente para mais de 10 mil pessoas.
O recinto do Palácio de Cristal conta ainda com um belo e enorme jardim, no estilo romântico, com vistas magníficas para a zona ribeirinha da cidade do Porto. Engloba ainda Quinta Tait e a Quinta da Macieirinha, onde pode-se visitar o Museu Romântico e o Solar do Vinho do Porto. Além da capela de Carlos Alberto, construída em homenagem ao rei de Sardenha e Piemonte, que passou os seus últimos dias na contígua moradia de Entre-Quintas. Não esquecendo ainda a Biblioteca Almeida Garrett.
Este jardim foi desenvolvido segundo a ideia do paisagista alemão Émile David.

13.4.05

Estação de S. Bento


E como boa tripeira não podia deixar de vos mostrar a beleza que é o átrio da Estação de S. Bento, no Porto , já que deve ser desconhecida de alguns, visto que agora a maior parte das viagens da linha do norte termina em Campanhã.

como curiosidade eis o que consegui descobrir:

Aspecto geral do imponente vestíbulo da estação de S. Bento, no Porto, sendo visíveis alguns dos magníficos painéis que, tendo sido concebidos por Jorge Colaço em 1905, só vieram a ser pintados na Fábrica de Sacavém em 1922.

Foi daqui que várias vezes parti para aqui

10.4.05

Sopeiras e Magalas


Por causa deles, ao Domingo, namorar só em casa que a rua era para sopeiras e magalas, dizia a minha mãe, que nunca me deixou sair ao Domingo com o namorado.
Maria, que era corcunda, e me ensinou a dançar enquanto cantávamos:
Micas!
Compra-me uns sapatos,
Que sejam baratos
P’ra dançar o charleston...
Nunca foi nossa "sopeira", foi sim a nossa criada de fora, que as havia de dentro também, eram as que tinham cama, mesa e roupa lavada, a troco de todo o serviço.
Tinha casado tarde, e logo que pôde montou o seu próprio negócio, fazendo doces e salgados para festas, casamentos e baptizados como fariam muito mais tarde, depois do 25 de Abril, quantas para sobreviver, as senhoras burguesas, e não só, despojadas que foram dos seus bens e terras, divorciadas dos altos executivos saneados. Muitas dessas senhoras ajudadas pelas tais criadas da (pela) família.
Depois eu cresci e já no pós-guerra, fui estudar à noite, e ajudava a minha mãe na lide da casa, pelo que dispensamos a já nessa altura chamada de empregada e me tornei assim muito “prendada” e no que então se designava por "um bom partido". Um ano antes de casar deixei os estudos e comecei a bordar o enxoval... (suspiro)!

9.4.05

La Lys


.


Desde miuda que a batalha de La Lys sempre me faz recordar uma criada que tivemos, cujo marido tinha estado debaixo do fogo alemão e saído ileso. A mesma que me ensinou a dançar, imaginem, o charleston...

"A prova máxima para as tropas portuguesas deu-se a 9 de Abril de 1918, quando o comando alemão determinou que fosse lançada uma grande ofensiva sobre as linhas aliadas, incidindo todo o esforço inicial sobre o sector português. Foi o começo da chamada Batalha do Lys (nome do rio que banha a região)."

Mas desde o ano passado que a data tem outra dimensão, é dia de aniversário, sim, mas do nascimento de um magussinho chamado Gil, que nos enche de alegria e ternura. O multifacetado Web que gosta de brincar aos personagens e deles tem precisão para dar largas ao seu inventar...
E aqui deixo aquilo que nunca é demais para dar a um amigo...um abraço

7.4.05

Ser Alma


De tão insegura parecia frágil.
De tão sensível parecia triste,
De tão rica em paixão parecia urgente.
Amou muito e deu-se inteira, como se de cada vez fosse a última.
E quando finalmente repousou no meu regaço foi porque estava exausta!
Não voltou a sonhar aquele sonho breve e breve desencanto,
Estava dorida,
A Alma!

Luz crepuscular

....................
Maria Ana, vivendo muito tempo com Teresa, acabou por não ter namorado, depois de uma má experiência decidiu dedicar-se à pintura e à escrita; a companhia de Teresa e a amizade de Gustavo preenchiam a sua necessidade de afecto e a rotina diária deslizava sem grandes solavancos e o pai era sempre uma boa achega.
Gustavo estivera algum tempo afastado, depois da partida da mãe, algo se tinha passado com eles na casa à beira mar; acabaram por se encontrar por acaso e reataram a velha amizade e confidentes que eram, breve voltaram ao antigo convívio.
Foi Gustavo quem primeiro desconfiou das tendências homossexuais de Maria Ana, desde aquele "beijo-teste" no Inverno passado na casa da praia; ele teimava que beijar um homem ou uma mulher era a mesma coisa, se fecharmos os olhos...não chegaram a nenhuma conclusão, mas riram muito e Gustavo ficou convencido desde então que a ela, beijos de homem, jamais, pela reacção que teve e pela relação de quase amor com Teresa.
Pouco falavam da mãe, era tema doloroso para ambos, por enquanto. Ele tinha-se sentido preterido a favor de uma carreira auspiciosa, dizia-lhe ela na carta...
Gustavo tinha viajado quando Irene fez a apresentação do CD no Porto e quando voltou já ela tinha partido para o Brasil, evitando assim uma explicação desconfortável pelo modo como se tinha ausentado havia mais de dois anos. Não se veriam mais, muito embora, sem o saber, se tenham quase cruzado no calçadão, no Rio.
Assim se faz saber que Maria Ana nunca beijou Gustavo por estar apaixonada por ele.
Gustavo nunca esqueceu Irene e nunca compreendeu aquela carta naquela manhã.
Irene sempre teve dúvidas se teria feito a coisa acertada, e o seu êxito não compensou nunca a perda do seu último amor.
Teresa, conhecemos mal, mas não há dúvida que foi de grande apoio a Maria Ana e continua com ela, pelo que nos foi dado saber.
Um dia, se encontrar Irene por aí, vou-lhe perguntar porque seu cantar é tão triste!

3.4.05

Meia Luz

.......................
Na cozinha a azáfama era grande. Pelos sons e cheiros se adivinhava petisco apurado a que boas risadas iriam dar por certo melhor sabor.
Foi directamente para o quarto e sentou-se à pequena escrevaninha onde era costume tomar os seus apontamentos e começou a missiva mais dramáticamente difícil que alguma vez lhe tinha sido necessário escrever. Na semana seguinte embarcou para Itália, alegando negócio urgente.
Só voltaria dois anos e meio depois.
Antes de partir colocou a carta no correio, não queria estar acessível quando Gustavo a recebesse.
Ajustou o cinto, pronta para a decolagem, rompendo definitivamente com aquele passado recente de que guardaria mesmo assim uma doce e gostosa memória.
Em casa ficaram a filha e uma amiga, que lhe faria companhia enquanto viajava, pensando ela que seriam apenas alguns dias.
Pouco a pouco foi aceitando a ausencia da mãe e organizando a sua vida, com a ajuda da Teresa e do pai, que embora casado de novo era presente quando necessário.
Finalmente chegou o dia do regresso, o CD iria sair em breve, o trabalho tinha sido complicado, demorado e nem sempre auspicioso, mas lá estava e de certeza que com um pouco de sorte e publicidade iria ser bem aceite pelo público e pela crítica.
O projecto seguinte já estava à espera no Brasil. Ainda não se sentia capaz de permanecer muito tempo em Portugal.
(o final para breve)