17.10.11

Há uma dor que me doi!
que há dores que se sofrem, em silêncio.
esta é uma dor que não tem resposta...
que encontra o vazio!
onde estás, que nome tens?
queria pousar meus sentimentos em ti,
descansar meus sofrimentos,
deixar que nosso abraço
fosse apenas nosso encontro...

(pensamento duma solidão!)

19.7.11

Eterno!

Eterno é o amor!
aquele que sentes e o que esperas, o que recebeste foi um momento, foi efémero, fuigiu-te pelo momentos da vida, não o sentiste e agora sentes-lhe a falta, o calor, a côr, a candura.
Eterno é o momento, o agora, tenta senti-lo, tenta agarrá-lo nas garras do teu sentir.
Não esperes do eterno o que é o agora, nas espero do agora o que nem mais nem menos o é o moment

25.4.11




QUERO SER NÉVOA


SUBINDO O RIO NA MADRUGADA,


SIRENE DE FAROL


EM NOITE DE TEMPESTADE.


PASSOS NO MOLHADO DUM OUTONO.


QUERO ESTAR QUIETA


E EM SILÊNCIO,


DOBRADA EM MIM MESMA,


ADORMECIDA!





fotos de Carlos Romão, roubadas no "Cidade Surpreeendente"






24.4.11





Celebra-se amanhã a polémica data do 25 de Abril.
Nos tempos que correm há muita gente que preferia que ele não tivesse existido, até um Capitão de Abril o disse...
Para mim ainda é muito cedo, ou começará a ficar muito tarde?
Há os velhos do Restelo e os jovens, os que não souberam, não sentiram na pele a repressão...
Enquanto não for muito tarde há os que podem comparar e saber o quão é precioso o viver em LIBERDADE!

24.1.11

O Pátio


A casa onde nasci, agora demolida.

O Pátio

Na casa onde nasci havia um pátio!

Nesse pátio havia uma casa da lenha e uma retrete, dele subia uma escadaria, que tinha um corrimão de ferro que eu lambia em dias de chuva para sentir o gosto do metal e que ia dar ao quintal da vizinha do primeiro andar, onde havia um grande tanque de lavar roupa, que não era usado, e uma capoeira. Desse primeiro socalco se subia para o grande quintal, proibido às crianças, mas onde eu vi pela primeira vez um camaleão e onde colhia as bagas de uva da videira ao nosso alcance.

O pátio ficava em frente à cozinha, saindo pela porta pintada de azul eléctrico pelo meu pai, porta essa que um peru emborrachado pela Maria (corcunda) ficou toda arranhada pelo voo da ave alcoolizada vinda do quintal de cima…o cheiro da tinta e a raiva do meu pai e o grasnar da ave são uma mescla de presságio do Natal desse ano de 1940 e tal…

Era nesse pátio que a Maria (corcunda, que me ensinou a dançar o “charleston”) fazia com pó de carvão os “briquettes” (ou bolas de carvão) com que se acendia o fogão a carvão no qual se fazia a comida, onde, na caldeira, se aquecia a água e onde se punha a aquecer o ferrinho de mão para “brunir” as pequenas peças de roupa. Era limpo com areia (daí a expressão arear) e mantinha a casa quente no Inverno.

Era também nesse pátio que via “esventrar” o colchão da cama dos meus pais que um especialista revolteava o folhelho, retirando o feito em pó, para depois lhe juntar o novo. Por essa altura, na Primavera, os travesseiros eram abertos e a “suma-a-uma” era desfeita dos seus nódulos e exposta ao ar.

Foi nesse pátio que uma vez meu irmão tanto correu atrás dum frango às voltas às voltas, que o duas patas sucumbiu, suponho, com um ataque de coração.

Vi nesse pátio roupa a secar hirta de gelo num Inverno memorável dos anos 40, o Inverno que derrotou Hitler.

Sentada num banquinho era lá que raspava a moldura de madeira da lousa que levava para a minha escola primária…o pátio da minha meninice, onde brinquei à “macaca”, saltei à corda e com o meu irmão andei ao esconde esconde.

Na casa onde nasci havia um pátio!

3.1.11

Tal e qual...do Facebook

Pois é assim...há precisamente sete anos, mais minuto menos minuto andava eu no chat do clix na amena conversa com este e aquela...um tal de webenigma a convidar as meninas para lerem um "conto" passado dentro de uma cabine telefónica, daquelas inglesas, vermelhinha qb.

Como ninguém lhe ligava "transitou" para a sala dos velhinhos...e eu fui atrás.

Acabamos amigos, até hoje, e foi pela sua mão que eu entrei nos grupos e se tenho amigos que de virtuais hoje passaram a reais a ele o devo, ao meu querido amigo Carlos Gil.

Um brinde à nossa amizade!

(a foto é de uns meses mais tarde, há sete anos, no dia em que nos conhecemos pessoalmente, durante um jantar dado gentilmente para o efeito pela Guida Levy)

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2.1.11

O meu passeio desta tarde



À procura dum post de há uns anos vejo-me percorrendo a sebenta quase do princípio ao fim. E não me levem a mal mas gostei do que li e fiquei com pena das pausas, das ausências, etc.
Logo mais vou voltar, pois me propus fazer uma comemoração.
Agora vou à procura duma foto a condizer.
Beijo, th