31.7.05

em meditação...


estou em grande meditação! e por outro lado muito ocupada...
volto logo que possa.
Estou a pensar escrever um post sobre as segundas mulheres, não deve ser fácil...eu que fui a primeira.

26.7.05

De repentemente...

VÁRIAS 165

De repentemente chegaram, de França...os meus meninos!

Pensando...


O complexo de inferioridade de certos individuos leva-os a ser arrogantes...

25.7.05

HÁ!!!


Desabafo...nunca vi tantas vezes a palavra há sem h!

De Trombas...


Hoje, neste dia 25 de Julho de 2005, pelas 18,30, com a idade de 72 anos, aprendi mais uma palavra (soava melhor dizer "palavra nova", mas não me parece correcto, já que se não fosse nova já a conhecia), e que é:

proboscídeo
adjectivo
1.
que tem probóscide;
2.
relativo ou pertencente aos proboscídeos;
substantivo masculino
ZOOLOGIA espécime dos proboscídeos;
substantivo masculino plural
ZOOLOGIA ordem de mamíferos providos de tromba, como o elefante;
(Do gr. proboskís, -ídos, «tromba», pelo lat. proboscìde-, «tromba» +-eo)
© Copyright 2003-2005, Porto Editora.

(obrigada, amiga!)

Última


Adozinda pediu-me para lhes dizer que encontrou o gato “Pão-de-ló”.
Ontem, ao chegar a casa, reparou que lhe faltava uma garrafa de bom vinho para um jantar muito especial com Adalberto e como estava já longe do super foi mesmo a uma tasquinha que se encontrava a caminho de casa e qual não é o seu espanto um gato, amarelo, saltou duma prateleira e veio ter com ela naquele roçar em oito seu bem conhecido. Ao princípio ficou sem saber o que fazer, mas depois decidiu pelo “roubo” do bichano antes que o taberneiro viesse lá dos fundos atende-la. Deu-lhe um banho, escovou-o e deu-lhe um jantar requintado de uma lata.
Ah, Adalberto pediu-a em casamento…ela vai pensar se de facto é isso que quer, são muitos anos a viver sozinha…

23.7.05

email de fds

Blog é para partilhar ideias e etc., verdade?
Estive a dar uma volta pelos meus mails, tenho vários, vcs sabem, e encontrei este vindo do Brasil, do meu amigo virtual Marcio:


DITADOS POPULARES ADAPTADOS NA ERA DA INFORMÁTICA

* A pressa é inimiga da conexão.
* Amigos, amigos, senhas à parte.
* Antes só do que em chats aborrecidos!
* Arquivo dado não se olha o formato!
* Diga-me qual a sala de chat você frequenta e te direi quem és.
* Para todo bom provedor uma senha basta.
* Não adianta chorar sobre o arquivo deletado.
* Em briga de namorados virtuais, não se mete o mouse!
* Em terra off-line, quem tem 486 é rei!
* Hacker que ladra, não morde!
* Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando...
* Mouse sujo se limpa em casa!
* Melhor prevenir que formatar.
* O barato sai caro e lento...
* Programa velho é que faz site bom...
* Quando a esmola é demais, o santo desconfia que veio algum vírus anexado. *Quando um não quer, dois não teclam!
* Quem ama um 486, Pentium 4 lhe parece!
* Quem clica seus males multiplica!
* Quem com vírus infecta, com vírus será infectado!
* Quem envia o que quer, recebe o que não quer!
* Quem não tem banda larga, caça com modem!
* Quem nunca errou, que aperte a primeira tecla!
* Quem semeia e-mails, colhe SPAM!
* Quem tem dedo vai a Roma.com!
* Um é pouco, dois é bom, três é chat!
* Vão-se os arquivos e ficam os back-ups!
* Não deletei, não sei quem deletou e tenho raiva de quem deleta!
* O back-up morreu de velho!
* É nos menores chips que se encontram as melhores nformações.
* Vírus no winchester dos outros é refresh!

20.7.05

O Toque Final


………………………………………………………………………….

Jacinto tinha vindo estudar para Coimbra onde finalmente encontra Adozinda, que sempre se esquivava a um encontro, pretextando os mais diversos compromissos e desculpando-se com a doença da mãe.
Foi precisamente durante uma queima das fitas, já quase no fim do curso, que os dois, fazendo parte dum mesmo grupo, festejaram toda a noite a festa e de “república” em “república” acabaram os dois na cama de Jacinto.
O amplexo dos corpos tinha tido carácter de urgência, inadiável da parte de Jacinto, expectante da parte de Adozinda.
Quase sempre a primeira vez é uma vez sem história, sexos procurando o prazer sem aqueles amplexos que torna o amor recordado, alheados dos sabores e das ternas carícias que antecedem e se prolongam no tempo e no espaço do corpo de cada um.
Foi na continuidade que ambos conheceram o prazer do outro e os encontros foram-se esculpindo à medida do tempo que decorria cheio de boas e eróticas recordações.
Para surpresa de Jacinto era Adozinda que o procurava cada vez mais, o corpo num desejo só, o ventre até ali adormecido, acordado para a festa do sexo e da carne.
E de encontro em encontro os dois se iam tornando mais íntimos, mais cúmplices e de experiência em experiência mais refinados na procura final dum orgasmo que os deixava exaustos mas satisfeitos.
Não era porém o amor que os levava a se procurarem, mas tão somente o prazer animal de corpos finalmente em cio.
Quando tiveram de se separar, por razões de cursos diferentes, diferentes cidades, sempre que podiam sempre achavam maneira de aqui ou ali apaziguarem a chama que os devorava na lembrança do corpo um do outro.
Foi numa dessas viagens combinadas que Jacinto sofreu um horrível acidente que o atirou para uma cadeira de rodas para sempre e para sempre bem longe dos prazeres experimentados e colocou nos lábios de Adozinda aquele fel e fez dela aquela mulher amarga e sem marido.
Aos poucos foi ultrapassando a saudade, aquietando o desejo e quando a lembrança doía refugiava-se na masturbação, deixando-a cada vez mais amarga, mais só e porventura mais triste.
O seu percurso de vida foi linear, acabado o curso começou a dar aulas e mais tarde ingressou numa repartição do Estado, tornando-se naquela funcionária de que já nem se espera um sorriso nem amabilidade.
Envelheceu só, até ao dia do aparecimento do gato amarelo…
O Toque de um ser, mesmo sem ser humano trouxe-lhe uma certa humanidade, a responsabilidade por um animal, quando tomar conta de si mesma era uma tarefa árdua, içou-a para a luz da vida.
As pessoas começaram por lhe perguntar se já tinha encontrado o bichano e atrás disso lá foram conversando e aproximando.
Quando deu por si estava rindo e até houve duas vizinhas que a convidaram para um cafezinho.
Uma noite acordou a transpirar, o corpo pedindo afagos, saída dum sono mais do que erótico e foi aí que resolveu pegar num jornal e responder a um anúncio de “procura-se, assunto sério”…
Não vou entrar em pormenores que estas coisas são sempre fastidiosas para ser contadas em poucas palavras.
Adozinda encontrou na relação com Adalberto o compromisso ideal.,
Encontravam-se sempre que lhes apetecia e tinham assumido o compromisso difícil de viver aquele quase romance cada qual em sua casa.
Encontrando-se eventualmente com amigos que se tornaram comuns, pois em algumas coisas partilhavam os mesmos interesses.
O gato amarelo nunca mais apareceu, ele foi o motivo que a levou a procurar o mundo e o outro.
Hoje vive interessada pelo que a rodeia, mas ainda estremece sempre que a lembrança de Jacinto lhe acode à memória e lhe faz escorrer as mãos pelo ventre até ao vale do prazer.




18.7.05

A Cleo e o gato amarelo


Agradeço o vosso cuidado, mas a minha gatA chama-se Cleo e é cinza e branca;
o gato amarelo pertence à estória da Adozinda, que espero hoje concluir.
Um abraço para todos, com carinho, th

17.7.05

O Toque III



Adozinda, ao fim de 15 dias acabou por desistir de achar “Pão-de-ló”. Depois de o ter procurado pelos sítios mais esquecidos e perguntado às pessoas com quem nunca julgaria entabular conversa, convenceu-se que era Deus que assim o quisera. Deus tinha-lhe dado aquela prenda para a tirar do marasmo em que vivia há tempo de mais. Mas sempre que ouvia um miado ou lhe parecia ver um sombra de gato amarelo, às vezes nem era, virava a cabeça ou desviava do caminho para ir investigar, ainda na esperança dum retorno do bichano.

(dilema da autora: que hei-de fazer com esta estória? que fim devo dar
a tão pobre escrito?)

Porque todas as estórias para merecerem ser contadas teem de ter um enredo plausível, de preferência com um certo “suspence” e algum mistério, a da Adozinda não foge à regra.
Saída da escola, feitos os exames finais, que até correram bem, fora naquele ano passar as férias grandes lá para o Alto Douro, para a quinta de tia-avó, da parte da mãe. Foi nesse preciso ano que Adozinda foi menstruada pela 1ª vez e fora a tia Micas que lhe falou do significado da transformação no corpo de uma mulher, os cuidados que devia ter, e para a época e para o lugar fora até muito avançada na matéria. A mãe apenas encolheu os ombros e tratou de lhe comprar as peças de “enxoval” necessárias, que naquela época ainda não havia as modernices que há hoje.
Já em terras de vinhedos e amendoeiras Adozinda mais uma vez tratou de cair em graças da dona da maior quinta das redondezas, visita da tia Micas. A Quinta da D. Eulália era não só enorme como muito bonita e cuidada; a vinha, em socalcos, parecia desenhada à régua e a casa era convidativa e acolhedora, com os seus móveis antigos, de seus ancestrais avós, cobertos com linhos e bordados, feitos pelas várias gerações de mulheres aos serões na província.
Adozinda gostava daquela quinta, tinha um ar austero e senhorial que se coadunava com o seu temperamento, e um pouco de mistério que ela gostaria de decifrar, pois adivinhava ali muitos segredos escondidos durante séculos.
Costumava passear pelo pomar e pelo amendoal, apreciando a fresca e algum fruto caído, mas sobretudo o silêncio.
Foi nesse mesmo pomar que conheceu o Jacinto e no ano seguinte trocaram o primeiro beijo, beijo esse que se repetiu nos 12 dias em que ali se encontraram sempre que ela visitava a quinta.
Jacinto ainda lhe escreveu umas quantas vezes, mas sem obter resposta, que Adozinda tinha aquele génio másculo de separar as coisas.
E era assim todos os verões, ambos crescendo, crescendo os sentimentos de diferente maneira.

(É aqui que a autora fica uma vez mais indecisa, sem saber se deixa Adozinda virgem toda a vida ou se, pelo contrário, lhe deve proporcionar uma experiência tal que a vai transformar para sempre.)
...pelo que o resto fica para amanhã….

15.7.05

Gato procura-se

Desapareceu do seu domicílio gato amarelo e olhos azulados, sua dona procura-o com desespero e agradece a quem o tenha visto o favor de lhe comunicar paradeiro provável.
Dá pelo nome doce de "Pão-de-ló"

O Toque ll

Adozinda era tão magra como só o azedume pode transformar um corpo de criança normal naquela fineza de carnes.
Já em pequena gostava de meter as colegas, que amigas não tinha, em apuros e complicações, intrigava junto da professora com um ar tão cândido que não era difícil de acreditar. Poucas vezes era convidada para casa de alguma colega em dia de festa, mas quando isso acontecia por uma ou duas vezes, era vê-la insinuar-se junto dos adultos com tão bom comportamento que a apontavam como exemplo a seguir.
Tinha sempre os cadernos e livros impecavelmente tratados, os trabalhos de casa feitos a horas e nunca copiava...mas também nunca ajudava um colega que fosse e desdenhava quando via um trabalho de uma colega ser elogiado.
Assim cresceu Adozinda, boa aluna, sem ser brilhante, bem comportada, querida do pai e conformada com a mãe que tinha, pessoa metida entre panelas, roupa para lavar e passar, folhetins românticos e pouco mais, descuidada do corpo e da alma e quase analfabeta.
Conheci-a já no 3º ano; qualquer assunto desenvolvido ao pé dela era logo desviado para a religião e seus dogmas, a confissão, o pecado, a punição, quando os adolescentes nessa idade querem é falar de namoros e amores, roupas e festas. Nunca ninguém lhe conheceu namorado ou pretendente sequer.
Foi crescendo, envelhecendo, emagrecendo de tanta bílis destilar em assuntos polémicos, dizendo mais mal do que bem do que a rodeava, sempre pronta a maldizer de vizinhos, conhecidos e desconhecidos.
Mas um dia algo aconteceu que fez com que aquele rosto se suavizasse, num trejeito, que não era bem um sorriso, mas era o que de mais parecido podia levantar os cantos daqueles olhos frios até então e que agora pareciam quase ternos.
Alguém, bem intencionado ou não, para o caso não importa, veio colocar-lhe à porta um cesto com um gatito, pequeno de mês, pêlo amarelo e grandes olhos azulados. A partir daquele dia a vida de Adozinda modificou-se como por encanto de uma qualquer divindade.
Aquela mulher, cujos cabelos encaneceram quase sem ela se dar conta, começou a distender as rugas do rosto e sua boca deixou de ser aquele traço caído numa constante censura para, aos poucos, começar numa curva ascendente a construir uma alegria, um desajeitado sorriso.
E começou a falar…com o gato!
Ao princípio fez-lhe muitas perguntas:
De onde vens? Quem te trouxe? E o que vieste cá fazer?
Olha eu vivo aqui sozinha, meus pais já morreram há muito tempo, o meu pai, coitadito, foi de repente, já a minha mãe esteve muito tempo acamada e por fim estava mais morta que viva, foi melhor assim, já não andava cá a fazer nada, coitada, que Deus me perdoe.
Aos poucos, Adozinda, ao falar com o gato, ia descobrindo sobre si mesma, coisas sobre as quais nunca se questionara e ia pensando ou repensando a sua vida…
De repente deu por si a rir-se e, vaidade das vaidades, a olhar-se ao espelho longamente e auto-criticar-se por aquela saia comprida, a gola subida, o cabelo mal tratado. Já demorava o olhar nas montras onde o vestir tinha graça e quase se assustou ao achar bonitos aqueles sapatos de salto alto e um dia lá se aventurou a entrar num cabeleireiro da baixa.
Quando voltou a casa o gato aprovou, miando mais do que era costume e em roçanços em oito mostrar contentamento.
Ela foi contando a tarde que tivera e timidamente foi tirando dos sacos a roupa que comprara no centro comercial, em saldo é certo, mas peças que jamais ousara vestir, mas que ficavam bem com o novo penteado, dissera a vendedora.
Foi nessa tarde que Adozinda finalmente encontrou nome para o gato…
Mudou de pastelaria, sentiu que toda uma vida nova se estendia à sua frente, e foi com trémulos receios que se sentou à mesa mais ao fundo do Café da Praça, recentemente inaugurado.
Pouco a pouco foi crescendo, se libertando, se soltando, e não sendo bonita tornou-se uma mulher quase interessante e embora ainda se notassem resquícios de beata contestação, conseguia já tomar parte duma conversa da tertúlia do café sem fazer grandes reparos de conotações religiosas.
Ora um dia o gato desapareceu e foi em vão que todos os recantos foram vasculhados, todas as portas de armários abertas, até gavetas que não eram usadas há muito tempo…e nada.
…………………………………………………………………………………………………….
(Vou deixar-vos com Adozinda, na procura do bichano e eu do fim desta estória)

O Toque



Amanhã vem a estória, por hoje fiquem com "O Gato"

13.7.05

Co-Existir


Há dias que uma pessoa não pode deixar passar sem o assinalar como um dia diferente, no mínimo.
Assim foi que hoje prontinha para sair, em gozo de folga não só merecida, mas ansiosamente precisada de ser um meio de descanso e divertimento, tento abrir o carro e “nickles”, o silêncio só quebrado pelo chilrear dos passarinhos, que os há graças à pouca poluição aqui existente e algumas árvores que lhes dão guarida e a nós sombra.
Cabisbaixa e pensativa recuei arquitectando estratégia, tentando ao mesmo tempo encontrar a razão daquele amuo.
O calor aperta e enquanto caminho telefono à filhota na esperança que a chave que está na posse dela seja mais eficaz.
Dois andares de cansaço acima eis que se me mostra infrutífera a procura no chaveiro do duplicado, sonhado ser a solução do problema.
Talvez esteja na garagem, mas para lá ir “é necessário procurar no meu carro o comando”, diz ela.
Dois andares a descer já seria mais fácil não fosse o tropeçar e de repente eu ter encurtado dois ou três degraus, mas deu tempo de pensar…talvez fosse da pilha!
Procura-se uma ourivesaria, passa da uma, só no Centro Comercial…que não senhora, não é da pilha que até a luz acende.
Se a luz acende vamos tentar de novo, talvez não carregasse bem da 1ª vez.
A luz acende, mas a porta não abre. Tenta-se manualmente, mas nada de arranque…fica-se com cara de parvo(a) e olha-se em redor para ver se alguém é testemunha de tal vergonha…
Foi quando ouvi uma voz vaticinando que era do código (acontece muito com esses carros) é preciso bater com a chave…espere, eu vou aí abaixo…
Desceu o anjo do 1º andar do Céu e…isto é bateria, diz o anjo depois de aberta a bocarra do meu “QueLido”…a senhora vai ali (disse onde) que compra uma bateria bem mais barata, se quiser eu vou consigo que isto é como eu digo sempre “temos de ser uns para outros”, coisa de que as pessoas já se esqueceram.
Eu vou só almoçar e dentro de meia hora volto e vamos lá, e não é que voltou mesmo! e como demorou um pouco mais até pediu desculpa.
Deu indicações ao ajudante para não interromper os trabalhos (estava a montar um aparelho de ar condicionado), desmontou a “desmancha-prazeres” e lá fomos os dois à busca de energia…e lá estava ela, entre as manas e veio contente nos braços daquele homem simpático a quem eu não podia ofender, oferecendo-lhe uma remuneração.
Foi ele mesmo que a montou e afinou e o meu carro agora pronto para o passeio gargalhou de contente.
Hoje reconciliei-me um pouco com o ser humano, a minha taça de esperança ficou mais cheia apenas porque pelo menos existe um homem que não se esqueceu que “devemos ser uns para os outros”

12.7.05

Chocha

-Pois é, tenho andado um pouco chocha...
Pergunta dela:
-mas é do corpo ou do sentimento?

11.7.05

A Mala está pronta!


É nesta Mala de Porão que vamos encontrar tesouros escondidos de que já vislumbramos um pouco.
Ir ao porão ver esta mala é entrar em terreno fertil de contos e poesias, alargando vistas e conhecimentos
Daqui o nosso abraço ao amigo!

9.7.05

Em Nome De...

images AQuantas atrocidades se cometem Em Nome de…

Em nome do Amor…aos filhos, à família, à causa, ao ideal…
Em nome da honra…da família, do casamento, do macho, do grupo…
Em nome da justiça…pelos que se julgam donos da verdade…
Em nome do progresso…com intenções obscuras e secretas ambições…
Em nome da vida…condenando-a paradoxalmente a um simulacro de existência…
Em nome do outro…quando só pensamos em nós…

EM NOME DE...
Em nome de Deus ou Alá…
Castigai-os Senhor, porque sabem o que fazem…

5.7.05

Que fazer?

Poveiros?
Largo dos Poveiros
R S. Ildefonso
A Cidade Surpreendeu-me...

Sabor Amargo!

r. do BonfimHoje estou neura de verdade, já quis colocar aqui uma foto para ilustrar um sonho que tive e não consegui; entretanto a sensação que tinha quando acordei desvaneceu-se e já não tem a mesma acuidade.
Tinha voltado à rua do Bonfim, onde mais uma vez o espectáculo das casas abandonadas e a desmoronar-se me deixavam os olhos tristes e alma a chorar.
A rua, deserta, abria-se para mim na sua pobreza e eu procurava os cantos iluminados onde a minha infância tinha decorrido não muito alegre mas inocente e ainda esperançosa.
Percorria a rua, deserta, à procura de alguma coisa que me trouxesse o sabor de outros tempos e…
Acordei com o sabor amargo!

(mas hoje consegui: 8/7)



3.7.05

Ciúme

Logo que li o post do Bê, senti desejos de falar sobre o ciúme e lembrei-me do que li no livro do Alberoni, Enamoramento e Amor.
Ciúme pressupõe sentido de posse, insegurança, prepotência e todos aqueles sentimentos que provocam dor, sofrimento e desgaste numa relação.
Algo parecido com o ciúme é a angústia de perder o outro para alguém que o vai subtrair às nossas carícias, imagina-lo a dedicar-lhe sentimentos que só queríamos para nós.
Mas a partilha do Amor é algo novo, bem mais difícil de compreender e especificar. É aquele sentimento que nos deixa livres e deixa livre o outro, porque na troca de sentimentos nós sabemos o quão importante somos, na certeza do lugar que ocupamos.
Não é nem menos Amor nem menos sentimento, pelo contrário, é estar arrumado dentro de si, sem egocentrismos.
Pena é que para conseguirmos esta libertação tenhamos que passar por grandes provas, dolorosas provas, condimentos que tornam a nossa personalidade quiçá mais verdadeira, sem aqueles mesquinhos sentimentos de posse e insegurança.
Até que ponto o “ciúme” também se está modificando, descobrindo-se como um sentimento não aprisionável da personalidade do outro, mas como uma faceta mais subtil, mensurável do Amor.
Num mundo onde há tanto desAmor seria bom que pudéssemos partilha-lo mais, e com isso fossemos mais felizes.

2.7.05

Relações humanas

Sobre as relações de hoje em dia, o escreveu, e eu concordo, o seguinte:
Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio deste milênio. As relações afetivas também estão a passar por profundas transformações e a revolucionar o conceito de amor. O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual existe individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar. A idéia de uma pessoa ser o remédio para a nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar a nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona as suas características, para se amalgamar ao projeto masculino. A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se for manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal. A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos a trocar o amor de necessidade, pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente. Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão a perder o pavor de ficarem sozinhas, e estão a aprender a conviver melhor consigo mesmo. Elas estão a começar a perceber mesmo que sejam frações, são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem. O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos a entrar na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele alimenta-se da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral. A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar a sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva. Ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são óptimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. O nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém. Muitas vezes, pensamos que o outro é a nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto. Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir a sua força pessoal. Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro. Ao perceber isso, ele torna-se menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um. O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.

O Velho Burgo

Isto de uma pessoa prometer uma coisa é sempre complicado, principalmente se faz questão de cumprir, por uma razão de honra, aquilo a que se comprometeu.
É o caso de eu ter dito que após colocar aqui as fotos da minha ida ao Porto as palavras viriam, naturalmente, para dar mais colorido à narrativa fotográfica.
Só que por vezes somos ultrapassados pelos acontecimentos, e por isto ou por aquilo a promessa fica adiada e nem sempre tem já actualidade.
Por esta mesma razão vou só colocar aqui uma pequena resenha daquilo que se me ofereceu ver e sentir, que isto de sentimentos não são aquelas pequenas estórias com que me propus aqui brincar um pouco.
A MINHA CIDADE ESTÁ VELHA!
E pior do que isso, está degradada, mal cuidada, há coisas lindas que se vão perdendo.
O parque habitacional está ao abandono, prédios inteiros, no centro da cidade, esventrados, a cair aos bocados, senão só as fachadas restam. Lojas que outrora foram de comércio promissor são hoje assaltadas por vandalismos de toda a sorte.
Mostrei-vos a casa onde nasci, escorada, sabe-se lá desde quando e até quando; a Escola Primária, talvez por estar instalada no edifício da Junta de Freguesia, está bem conservada e tem lá, se não me engano, um infantário. Já da Antiga Escola Comercial de Oliveira Martins, há muito demolida, na Rua do Sol, resta apenas a entrada que dá para um terreno baldio onde um gato lazarento se espreguiça ao Sol e uns sem abrigo estão instalados à sombra da estrada aérea que atravessa o antigo recreio. Depois da casa do Bonfim fomos morar para Stº Ildefonso, casa que está recuperada e em muito bom estado, até a grade do terraço é a mesma.
Em compensação há coisas muito modernas e muito bem conseguidas como é o caso do Metro, que é em grande parte à superfície, muito eficiente, sendo a Estação de Campo 24 de Agosto, local digno de visita recomendada.
O Funicular leva-nos Guindais acima e abaixo, proporcionando-nos uma vista deslumbrante. Enquanto descemos podemos ver já a Ponte D. Luís I coberta de andaimes, a ser preparada para receber o Metro.
A Foz é sempre aquela beleza, percorri a costa desde a paragem do Aquário (fui de autocarro da paragem do Metro, em Matosinhos) até um pouco antes de onde era o Restaurante Varanda da Barra. A velhinha Pérgola, na sua curva dengosa precisa apenas de um pouco de maquilhagem e as praias estão gostosas, e o Mar…ai o Mar da minha terra é tão bonito!!!
A Rua Stª Catarina estava animada, turística, com o Café Magestic aberto para a rua, assim eu pude fotografar o seu interior. Gostei de passear e almoçar no Bolhão, o velho Mercado parece que vai ser remodelado e só espero que poupem a sua linda escadaria. A Estação de S. Bento é um regalo para os olhos, já aqui falei dos seus azulejos, e como a mim mesma prometi, fui à procura das miniaturas…e lá estão elas!
A noite de S. João esteve muito animada e o fogo de artifício, principalmente o de Gaia, foi Luz e Espanto! Há muito não passeava de Alho-porro pelas ruas do Porto, em noite de S. João e gostei.
Foi o encontro procurado e o possível reavivar recordações, mas o presente é o que realmente me importa, o que resta na minha memória do meu tempo de menina é muito estimado, tem um lugar próprio e não é o desgaste de hoje que o vai alterar.
Talvez por isso conservo ainda uma certa inocência de jovenzita, um espanto perante o mundo novo, uma certa credulidade. E assim quero continuar…


(não deixem de ver as FOTOS neste grupo, são sete páginas)