Tinha a mala pronta há já uns dias.
Separada do companheiro por imperativos profissionais, tardava a hora do reencontro.
Esperava o telefonema que o fizera prometer que seria diário, ele às vezes até exagerava, e rindo, repetia a dose.
Estava pronta para sair; esta noite queria encontrar-se com os amigos numa espécie de despedida.
O telefonema foi rápido, mas as palavras suficientes para preencher os vazios e inseguranças que um divórcio mal resolvido deixara. Alguém tocava à porta, era a sua boleia.
Já a noite ia a meio quando “ele” apareceu e foi “ele” que a levou a casa, pois estava sem transporte.
Há muito que se olhavam de longe mas só agora uma amiga comum os tinha apresentado.
-quer subir para um último whisky?
Ele subiu e ficaram a conversar, esquecendo as horas.
Separaram-se alta a madrugada.
………..
passara as últimas horas a recuperar da viagem, mas feliz por encontrar o mesmo calor amoroso nos braços do companheiro querido.
Agora sentia que o podia entender melhor, que o conhecia melhor…
-ah, sabes meu amor quem conheci na última noite que saí com a malta? -falamos imenso de ti…
-o teu pai, é um cavalheiro, um velhote ainda rijo e muito simpático,
e foi com ternura que se olharam, afinal agora eram uma família!
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