1.8.05

As Madrastas


Sabendo nós a conotação que a palavra encerra, eu prefiro chamar-lhes as segundas mulheres, mesmo que sejam as terceiras ou quartas...
Sobre elas, sobretudo as que se casam (ou não) com homens que têm filhos naquela idade complicada da pré-puberdade, tenho pensado e concluído o quão deve ser difícil de manter um certo equilíbrio e uma razoável saúde mental.
Para já marido e filhos devem vir cheios de "vícios", e quando digo vícios refiro-me àqueles pequenos tiques que podem fazer da vida de qualquer pessoa um perfeito inferno. Mesmo quando a separação, ou o divórcio, foi civilizada é de esperar que comparações passem pela cabeça de quem espera "refazer" a vida. Se coabitar é sempre difícil, estas segundas núpcias necessitam de um par de bons diplomatas.
E não nos esqueçamos que as crianças podem ser muito cruéis, já sem pensar que podem estar orquestradas por mães enciumadas e que continuam a sentir-se trocadas.
O lado destas mulheres nunca é bem explanado, defendido até, não nos devemos esquecer que elas vão viver numa verdadeira corda bamba, marcando a sua posição, fazendo-se respeitar, sem criar atritos, e a título nenhum devem querer substituir seja quem for no coração de quem quer que seja.
É um tema sobre o qual gostaria que se pronunciassem e ainda pouco foi dito.
A minha experiência foi privilegiada por uma Boa Madrasta, e as duas que os meus filhos têm até conseguem ser minhas amigas. Não serão casos raros, mas também não tão comuns como seria desejável.
Todos sairiam beneficiados, a começar pelas crianças.

5 comentários:

Bastet disse...

Que dizer-te? Concordo em absoluto. É de facto preciso muita diplomacia e talvez também muita vontade de fazer com que tudo dê certo!

Anónimo disse...

Tretas!... a minha mãe chamou pai ao padrasto, porque o sentiu como tal! E eu tive uma mãe e um companheiro (mais novo que ela, eskandalo!...) que inteligentemente não ligaram peva às primeiras fitas que fiz: remédio santo... como foi bom privar com ele! - se os adultos forem livres e não com a cabecinha atulhada de grades sociais, nada é problema.

VIVAM, todos, que foi para isso que fomos feitos!... - uma que passou por tudo isto, na altura em que o Estado protegia o 'não prazer'.

Mitsou disse...

Ora aqui está um tema interessante. E muito bem desenvolvido, querida Theo. Eu já o fui para dois garotos, hoje homens, que ainda me consideram como uma irmã mais velha. Não é fácil mas é possível. Um beijo enorme, amiga.

Anónimo disse...

Como se, com a Mitsou, pudesse ser de outro modo! - beijo às duas, IO.

Leonor disse...

é verdade theo. ás vezes penso como é possivel assumir uma familia que será sempre emprestada.mas como a mitsou disse, é dificil mas é possivel e conheço casos, que á priori, por aquilo que eu vejo mas nao sei, que sao casos de sucesso.

theo, como é que no comentario que me fizeste aparece lá o link a azul? como é que fazes?

beijinho da leonor