Anda todo o mundo a ver os filmes que aqui ou acolá, por este ou aquele motivo, i.e.. que por nomeações diversas tenham sido galardoados com um Óscar.
Não por esse motivo, mas por saber que alguns deles são de não perder, tenho ido ultimamente mais ao cinema.
Sem querer armar em crítica, que é campo onde não meto enxada para não estragar a sementeira… vou transmitir aqui algumas impressões que me deixaram certas películas, pelo que teem que ter em conta que são meras sensações pessoais, sem nenhuma técnica ou profundidade.
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Desta série o primeiro que vi foi “Memórias de uma Gueixa”. É um filme bonito, retrata uma realidade que está para mim longe no espaço e no tempo, cuidado ao pormenor e que mereceu o Óscar de melhor guarda-roupa. Deixou-me um amargo ao pensar naqueles amores impossíveis de jovens dedicadas ao prazer masculino, nem sempre físico, é certo, mas que não as deixava livres para poder amar o homem dilecto, quando o prazer da conquista lhes não é negado, muito pelo contrario é incentivado e pode mesmo ser uma prova a ultrapassar.
· “Transamerica”foca um tema dos que actualmente fazem parte da maioria dos filmes nomeados: a homossexualidade, o terrorismo, a política…sendo no entanto sobre o transformismo, tem à mistura a pedofilia e a prostituição masculina pedófila e homossexual. Não consegui alhear-me do facto de estar a ver um filme, o que não abona a favor do mesmo. O desempenho de Felicity Huffman é de tal maneira convincente que tive dificuldade em ver na sua personagem uma mulher a representar. Só compreendo que não tenha ganho o Óscar de melhor interprete para que não tenha sido repetido o critério que de certo presidiu à nomeação de Philip Seymour Hoffman.
Eu sei que o mundo está podre, mas fazerem cair sobre os ombros de um jovem tanta desgraça (foi violado em criança pelo padrasto, descobriu o cadáver da mãe que se tinha suicidado, começou a prostituir-se quando fugiu de casa e a drogar-se e para cúmulo descobre que o pai é um transformado a caminho da última operação para se tornar mulher…), é uma maldade muito grande…
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“O Fiel Jardineiro” já tinha visto antes das nomeações e não assisti ao começo do filme pelo que pouco vi da interpretação de Rachel Weisz.
Vou repetir o que senti no final do filme, o que levou um comentador deste blog a dizer, e faço copy: Anonymous said...
Esta é a mais merdosa crítica de cinema que já li...
Quando o avião parte para aquela que o Jardineiro escolheu ser a sua última viagem, é o sorriso e o olhar (aqueles inocentes olhos negros) das crianças que tocam fundo na minha alma e a ter esperança, apesar de não a haver para elas.
A história de amor, que é forte, justifica a violência de certas imagens, que por sua vez nos dão a dimensão da tragédia provocada por interesses, sempre inconfessáveis.
De “Match Point” , de que vi apenas a primeira parte, já que uma urgência me impediu de ver o resto do filme, posso só dizer que muito ao de leve parece um filme de Woody Allen e Londres, que aqui aparece através da câmara enamorada da cidade, é sem dúvida a protagonista principal.
Adenda: De "Capote" e "Mrs. Henderson" direi um dia destes o que me foi dado observar...
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3 comentários:
Pois eu, por ter vida agitada, não vi nenhum desses filmes. Vejo os trailers, leio as críticas e não os consigo ir ver.
Vou alimentando a esperança de que em casa, em DVD, talvez... mas até disso começo a dúvidar.
Pois fico à espera do Mrs. Henderson - beijo, IO.
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