Deixei para o fim, sem qualquer premeditação, três filmes, dos que eu considerei dos melhores e que se baseiam em vidas ou factos reais.
São eles:
Munique,
Capote,
e Mrs. Henderson
Munique consolida a minha opinião de que violência gera violência e o conflito Israelo-árabe está longe de encontrar solução. Mas quem sou eu para falar de política, desta “guerra santa” feita nas oficinas clandestinas de bombistas, defensores de causas perdidas.
As dúvidas finais confirmam a minha opinião do início.
É um óptimo filme, é um Spielberg…
Há filmes que apesar de não me agradarem no todo, deixam em mim uma marca indelével, mas “Capote” foi o filme que me deixou vontade de ver segunda vez, quanto mais não seja pela interpretação magistral de Phillip Seymour Hoffman.
O sentimento dúbio, contraditório em relação ao criminoso, principalmente já no final, enquanto decorre a espera até à execução é daqueles sentimentos que só quem o experimentou sabe o quanto ele pode ser destruidor.
O que aconteceu ao escritor depois desta experiência pode bem ser resultado deste envolvimento profundo e desequilibrante.
Deixei para último lugar, propositadamente, Mrs. Henderson e o seu teatro de vaudeville.
Podia dizer simplesmente: é cinema Inglês, teatro Inglês, e considerar tudo dito. Mas não falar de Judie Dench era uma indesculpável lacuna. A sua interpretação é tão admirável, (como sempre), que qualquer franzir de olhos menos adequado seria razão para reparo.
Sou fã incondicional das produções da Velha Albion. O seu humor refinado, muito British, o seu não comprometimento com soluções rebuscadas para agrado do grande público, (vide “Pearl Harbor”, cujo final desgraçou completamente o filme), o cuidado e mestria no guarda-roupa e reconstituição de épocas passadas justificam a minha preferência.
O "Boa Noite e Boa Sorte" ficou para ver na próxima semana.
th
1 comentário:
Gostei!! - beijo, IO.
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