28.5.06
Sete sacos de haveres e uma esperança!
Caminhava aos tropeções, levando nos braços sete sacos de haveres.
Já tinha tido a vida de várias cores, agora era de um cinzento desfocado e os sons de uma linguagem que mal compreendia.
Quando a barriga trinava de fome sempre encontrava em algum dos sete sacos uma côdea com que apaziguar aquele apertar de saudade por uma refeição quente.
Os sentimentos eram já confusos, alegria, tristeza, angustia, contentamento…só o frio naquelas noites em que o chão luzidia de molhado, lhe provocava uma arrelia grande, tão grande, que saia por essa cidade fora, aos tropeções, vociferando e praguejando até o Sol lhe aquecer as carnes flácidas e arrepiadas.
Tinha uma ambição e uma esperança!
Encontrar alguém que lhe sorrisse, lhe desse a mão e a lavasse a ver o infinito chamado Mar!
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2 comentários:
Pois é, se há algo que me assusta é esta solidão este vazio.
Beijocas doces
Um beijo, IO.
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