Foi Gostoso...

Foi gostoso mesmo...
O meu neto, francês, o Lucas, fez hoje 14 anos.
Cibernautas como somos, mandei-lhe logo pela manhã um lindo postal virtual.
Agora ao fim do dia juntámo-nos, eu, o meu filho e seu pai (em Paris), ele (perto de Orleans), a minha filha e marido (em Carcavelos), no messenger para comemorarmos todos o seu aniversário.
Houve beijos, foguetes e todas aquelas manifestações que a net nos permite.
É bom podermos estar assim perto dos que amamos.
E VIVA A TECNOLOGIA!

Lucubrações

Hoje o meu bisneto foi ao cinema pela primeira vez.
Enquanto duraram as pipocas o Juno esteve quieto, depois foi o passeio pelos outros lugares, pelos degraus do corredor…
De certo que agora à noite vai contar as suas aventuras pelo mundo do cinema.
“ História de uma Abelha” foi o filme primeiro que o Juno viu.

Esta noite, graças à falta de respeito de uma brasileira, que mora no andar por cima do meu, só consegui adormecer por volta das 4h da madrugada. São pessoas como esta que me transformaram de uma pessoa amante de todo o mundo numa pessoa irritada, revoltada e a caminho da xenofobia.

Um indivíduo que trabalha comigo tem problemas psicológicos, toma medicação, desconfio que tem algo parecido com doença bipolar.
Neste momento range os dentes todo o tempo; hoje foram nada menos que 7 horas de ranger de dentes que tive de suportar para além das horas sem dormir por causa de uma brasileira de pé de chinelo, no qual ia tropeçando quando após bater com força a porta de entrada foi às compras e regressou batendo de novo a porta.

Leio vários blogs, deliciada, mas poucos falam dos seus autores, são pessoas sábias, informadas e cultas, viajadas e etc. é bom para obtermos conhecimentos, sabermos o que aconteceu há x anos, nesta ou naqueloutra data, mas muito pouco quem é a pessoa que escreve e que vive agora e ao nosso lado.
Eu sou mais de abrir o meu peito e deixar sangrar…

Livros-os escusados

Já lá vai um mês, eu sei, e isto de "cadeias" o melhor é livrarmo-nos delas o mais rápido possível, senão não tem piada.
Me desculpem portanto.
Faltam mencionar os livros de que não gostei, foram alguns, que deixei a meio pois não perdi tempo com a leitura, uns que não entendi, outros que desfasados no tempo não me interessaram de todo, como foi o caso de "O Vermelho e o Negro", de Stendhal.
Já aqui falei do que me aconteceu com o "Escuta Zé Ninguém", que detestei, mas com o qual me reconciliei mais tarde.
De Maria Velho da Costa não consegui ler o "Maina Mendes", recusa intelectual que perdura até hoje.
Um outro foi a "Fanny Owen", de Agustina Bessa Luís.
Também me não agradou a leitura do "Homem Duplicado", de José Saramago, talvez esperasse mais dele.
E por aqui me fico, sem no entanto vos dizer que toda a leitura é proveitosa, mais não seja para aferirmos os nossos conhecimentos e adquirirmos alguns.

Livros-os autores

Começo com:

“Os Nós e os Laços” de António Alçada Batista
(o eterno amante da Mulher)

De José Saramago são vários os livros que eu podia aqui mencionar, sou fã…
“O Memorial do Convento”, por ter sido o primeiro que dele li.

De como a leitura pode ser um acto de puro divertimento com
Miguel Esteves Cardoso em “A Causa das Coisas”.

A escrita no feminino de Isabel Allende, em “De Amor e de Sombra”, ou qualquer outro dela, escrita que muito aprecio.

O reinventar da língua portuguesa com Mia Couto, por exemplo em “Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra”.

E volto à psicologia com Daniel Sampaio…”Inventem-se Novos Pais”

Já o “Erro de Descartes”, de António Damásio, é para estudar com muita atenção.

Voltando ao feminino , e porque gostei muito do filme…”A Festa de Babette”, de Karen Blixen.

Para finalizar, não podia deixar de mencionar um livro que aparentemenrte parece um livro infantil, mas não é, tem muito a nos ensinar, falo de “O Principezinho”, de Antoine de Saint-Exupéry

Livros-Os Policiais

Foi com os policiais que desenvolvi as minhas capacidades “detectivescas”.
Nas longas e intermitentes horas dum emprego da altura “consumi” tudo que era fácil de ler.
Creio ter lido a obra completa de Agatha Christie, entre outros.
A minha imaginação compunha cenários, personagens e às vezes até arranjava finais bem mais interessantes do que os originais.
Sempre tive uma imaginação muito fértil, um dos jogos que partilhava com alguns amigos era sugerirmos um cenário e inventarmos uma estória.
Hercule Poirot e Maigret são os meus preferidos, já Sherlock Holmes não era tão apreciado. Mas foi Miss Marple a que me deu a conhecer o famoso "country" inglês, os seus costumes, o seu ambiente muito próprio.
A fase seguinte é variada, posso dizer que é uma fase de Autores.

Livros-a procura do Eu

Quando eu, gostando do meu marido, me apaixonei por um amigo de longa data achei, e com razão, que algo estava mal.
Foi então que depois de ter consultado um psicólogo, e chegando à conclusão que não tinha meios de fazer uma psicanálise, me debrucei sobre o tema, retirei-me para o parque de campismo de Angeiras, em pleno Inverno, e comecei a ler Pierre Daco, à procura de respostas.
Avancei devagar, pois o estava lendo na versão original, em francês.
Seguiram-se Marcuse, Erich Fromm e inevitavelmente Wilhelm Reich.
Francesco Alberoni chegou mais tarde com o seu “Enamoramento e Amor”.
Foi a procura de mim mesma que me levou até eles, mas foi em Reich que encontrei mais respostas, em todos os seus livros com excepção de “Escuta Zé Ninguém”, que detestei e com o qual só me reconciliei mais tarde, aquando da segunda leitura.
A compreensão e aceitação do outro começaram aí.
Lido também “A psicologia de massas do fascismo” e um estudo sobre o matriarcado, comecei a entender melhor o mundo, o porquê de certas atitudes, a conhecer melhor a mente humana.
Tudo o que li nesta fase foi muito importante, conhecimentos que ficaram para o resto da minha vida.

Livros-1ª fase

Tentando sair do marasmo a que ando votada, vou escrever algo em resposta ao desafio do Gil.
Nunca fui grande leitora, nunca o fui assiduamente, mas quando me debruço sobre um tema que me interessa, sou-o duma maneira compulsiva.
Assim é que na minha adolescência “varri” a eito a biblioteca duma senhora vizinha nos seus mais que românticos romances.
Chegava a ler de lanterna debaixo dos lençóis para minha mãe não ver.
Não me lembro de ler nada sério, da mesma maneira que nunca vi minha mãe ou pai lerem o que quer que fosse, nem os simples jornais.
Frequentei a Escola Comercial…não deu para grandes literaturas.
Não posso, portanto, citar o que quer que seja das minhas leituras dessa fase, pois nem me lembro já dos autores de tais livros.
Lembro-me vagamente de nomes como Ilse Losa ou Condessa de Ségur, mas tudo se passou há mais de sessenta anos, o que me faz candidata a perdão certo.
Depois casei e continuei a não ler nada digno de ser mencionado.
A segunda fase viria com a minha procura de mim mesma e de respostas para perguntas então tão importantes como determinantes para um caminho a seguir.

Post-it

Ouvido num programa da Oprah agora mesmo, não textualmente, claro:

-Paguei 3000 dólares por um quarto num hotel e fiquei toda a noite acordada, de divisão em divisão para poder usufruir daquilo porque paguei tanto dinheiro.

O que me fez recordar uma outra atitude, de uma amiga minha, que sempre que ia às compras para a casa tinha que comprar algo que não fosse no dia seguinte pela sanita abaixo, nem que fosse uma caixa de plástico.

Eu, entretanto, tento usufruir ao máximo tudo aquilo que se me oferece ter, manusiando, cheirando, tactiando, prescrutando, tal Maude no filme "Ensina-me a Viver".

Florbela Espanca

Recebi por mail e embora saiba que muita gente não aprecie a sua poesia, Florbela Espanca foi uma personagem controversa que muitos respeitam e admiram.
Limitei-me apenas a fazer copy para que possam satisfazer a vossa curiosidade e ficarem a conhecer um pouco mais desta mulher cujos sentimentos são postos a nu na sua poesia.

(clique na foto para aumentar)

No meu canto...

Anda de cadeira de rodas e tem dificuldades várias.
Seu corpo contorcido obedece-lhe mal.
Ontem depois de a terem ajudado a ir à casa de banho e enquanto eu segurava na porta para ela passar ia dizendo, feliz, " que sorte que eu tenho", e sorria.
São pessoas assim que nos fazem sentir que somos ingratos com a vida...

Produções Murcon

Bem-vindo às Produções Murcon! Para visualizar este programa,utilize os seguintes comandos:

http://www.producoesmurcon.com/

Faço publicidade a este site porque sou uma fã de Júlio Machado Vaz.
Para aceder aos vídeos tem que se inscrever e depois de receber a sua palavra passe, no seu mail, poderá assistir ao espectáculo que é este professor do sexo...lol
Com mestria ele mistura Ovídio (nascido Publius Ovidius Naso), e os artifícios da mulher para disfarçar seus pequenos defeitos, com uma lição sobre as "sexologias".
Pequenas delícias cheias de saber.

Pós-corrente

Dedicado à IO, que me desafiou e ao Gil, que viu, encantado, o meu interesse por cinema.





As Noites de Cabiria (Federico Fellini)
Com a Comovente interpretação de Julietta Massina

Belle de Jour (Luis Buñuel)

( O mistério do Ser feminino )

O Deserto Vermelho (Michelangelo Antonioni)

( O polémico final...)

Sunday Bloody Sunday (John Schlesinger)

( A dignidade no Amor é dos sentimentos que eu mais admiro )

Mulheres Apaixonadas (Ken Russell)

( com a cena de homens nus em luta, à contra-luz da lareira, mais bela que eu vi até hoje. )

O Fio da Navalha (Edmund Goulding)

( Quando a degradação é a arma do ciúme...)

Diário de Um Pároco de Aldeia (Robert Bresson)

( O filme mais deprimente que eu vi em toda a minha vida)

Filmes e Realizadores

Fui desafiada e aceitei o desafio com prazer.
Difícil foi a escolha pois, como é de calcular, foram muitos os filmes que vi ao longo da minha vida.
Era sócia do Cineclub do Porto na época da "Nouvelle Vague", dos grandes filmes francês e italiano.
Mas não fui por aí, assim como a cultura é o que resta de toda a informação que recebemos, foi à relação de equilíbrio de actores, realizador, argumento e até música; à recordação positiva que me ficou do que me foi dado assistir, que fui buscar os poucos, dos muitos que poderia enumerar, que aqui coloco para responder ao desafio da IO, começado pelo Lauro António.

São eles, os mais recentes:





Cinema Paraíso (Giuseppe Tornatore)

Volver (Almodóvar)

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Jean Pierre Jeunet)

Beleza Americana (Sam Mendes)

Vera Drake (Mike Leigh)

O Piano (Jane Champion)

A Lista de Schindler (Steven Spielberg)

...e agora os mais antigos:

Easy Rider (Dennis Hopper)

Jeux Interdits (René Clément)

Rocco e seus Irmãos (Luchino Visconti)

Harold and Maude (Hal Ashby)

Breve Encontro (David Lean)

Gostaria muito que quem gostar de cinema e aqui venha possa continuar esta suposta corrente.

Obrigada

Chovia!

Chovia esta manhã! quando acordei pingos grossos batiam na minha janela. Saltei da cama e fui deliciar-me com o espectáculo que me era oferecido tão inesperadamente.

O dia , cinzento a condizer, prometia recatadas tardes e serões de sofás.

Peguei na máquina fotográfica e disparei atrvés da janela aberta.

Aqui fica o meu testemunho dum dia em Agosto.

...e ainda do FMM

O espantoso Mahmoud Ahmed, que fez vibrar toda a assistência

(fotos da minha autoria)

Ainda o FMM

Do Mali, os Tartit

(foto de minha autoria)

Do FMM

Estavamos a passar férias na Galé, costa alentejana, e alguém se lembrou que em Sines estava a ter lugar o Festival de Música do Mundo (FMM).

Decidimos ir, embora os mais novos se mostrassem apreensivos em relação à resistência da mais velha, eu.

Mal chegamos demos conta que o grosso da assistência era constituida por malta jovem, muito a rondar os vintes e pouco, no entanto podiam ver-se casais até de meia-idade, por certo a passar férias em Sines ou perto.

Fui de imediato "acercada" por um jovem fotógrafo que explicou que andando a fazer um trabalho sobre quem frequenta esse tipo de festival me convidou para uma foto no seu improvisado estudio e que saiu ontem na Pública.

Se clicarem nas fotos do programa podem ler o que me foi dado conhecer sobre os conjuntos que actuaram nessa noite.

Foi uma noite muito divertida, até cantei e dancei ao som de Mahmoud Ahmed, o meu preferido.

Já fora do Castelo, na praia, o último conjunto animava os mais notívagos, gente linda e descontraida.

Saímos de lá já muito depois das 4h da manhã e me pareceu que afinal os receios dos mais jovens não tinham fundamento, até porque a mais animada àquela hora ainda era eu...lol

Fotografia

Descobri, não há muito tempo a minha paixão pela fotografia.

Eis aqui duas fotos de que gosto muito.

Uma tirada na Galé, a da mulher olhando o Mar e a outra, homem sentado na soleira da porta, que captei em Mosteiros, em S. Miguel, Açores.

Gastronomia micaelense

Cerveja "Especial", de S. Miguel

Da esquerda para a direita e de cima para baixo, temos:

O cozido, Boca Negra, Albacora, Moreia, Lírio na Telha, Morcela com Ananaz, Tubarão, Lapas grelhadas e Arroz de Marisco

As fotos são todas de minha autoria.