31.3.06

Cinema

    • Ontem, já depois de colocar aqui o post anterior, lembrei-me de vários e
      importantes filmes que vi nas décadas de 50,60 e 70.
      Gostaria também de
      colocar fotos e mais informação sobre os mesmos.
      Uma outra coisa que
      acontece e para a qual não encontrei remédio é o texto ficar uma "pessegada",
      sem parágrafos, sem estética nenhuma, o que não acontece com o rascunho.
      É
      só ao transpor para aqui que isso acontece, por esse motivo vou colocar este
      post tal e qual como vai sair

30.3.06

Um dia tinha que ser

Eu estava muito caladinha a ver se não era “premiada”, mas o Gil, não me perdoou…mas é com muito gosto que vou tentar responder:

-Quatro empregos:
Dona de casa (inclui trabalhar como cozinheira, lavadeira, brunideira, mulher a dias (e noites) ama seca (e molhada), explicadora, psicóloga, carpinteiro, electricista, decoradora, costureira, etc).


Empregada de escritório (em vários sítios, inclusive em casa fiz a contabilidade de um despachante da Alfandega do Porto).


Empregada de balcão de Boutique, sapataria…


Barmad ou Barlady, como quiserem, em dois bares de amigos.


Ecónoma num restaurante com os mesmos amigos.


E vários outros, até venda para supermercados de ossos para cães.

Sou dona de casa desde os 11 anos e para não depender de ninguém fui trabalhando aqui e ali, terminei os meus estudos para ficar em casa a fazer o meu enxoval, bordando e costurando, que cozinhar já eu sabia e bem.



-Quatro sítios onde vivi:
Porto, onde nasci ( ruas Bonfim 208, Stº Ildefonso 407, António Granjo 105, Ciríaco Cardoso 343, Aval de Cima (?)
Londres (onde tive casa 4 meses…conta?) Gloucester Terrace 107
Lisboa ( Miraflores, Príncipe Real, Lapa)
Linha de Cascais ( entre Oeiras e Cascais)

Gosto muito de morar perto do Mar, morreria de saudades se tivesse que viver no interior.




-Quatro filmes que voltaria sempre a ver:
Tantos e tantos, que vai ser difícil, até aos quarenta anos vivi no Porto e era sócia do Cineclube, assim houve fins-de-semana que cheguei a ver quatro filmes. Depois foi há imenso tempo e a memória atraiçoa-me.


Aniki-bóbó, português, de Manoel de Oliveira, o primeiro que vi dele.



Revistos ultimamente, com prazer: Cinema Paraíso e O Fabuloso destino de Amélie Poulin


Rocco e seus irmãos





Belle de jour








Meu tio da América


Ladroes de bicicletas


O milagre de Milão


Deserto Vermelho


Todos os de Ingmar Bergman


Boa noite e boa sorte, o último que vi.

-Quatro pratos favoritos:
Lampreia à bordalesa
Picanha brasileira
Tripas à moda do Porto, claro…
Bacalhau ( ou polvo) à lagareiro

Como se costuma dizer…não vou daqui-ali para comer seja o que for, mas gosto de boa cozinha, habituada que fui à do norte.

-Séries que nunca perco:
Isto é ou não é bem assim…eu explico. Sempre que possível vejo O Sexo e a Cidade e todas as séries inglesas, britcom, etc. Passo pelo People & Arts e o que apanhar, vejo, tb no AXN.
Via sempre “Estes difíceis Amores” de Júlio Machado Vaz, o meu Julinho como com ternura o trato. Estão de quarentena , penso, neste momento.

-Websites:
Os blogs dos amigos e os que não sendo amigos se tornaram queridos pelo intercambio.
Os meus groups
O Google
Infopédia

-Sítios onde gostava de ir agora:
Todos e qualquer um onde o pensamento me levasse numa auto-transportação…
Um lugar no outro Mundo, para saber se existe e como é antes de ir para lá…

Será que as minhas respostas deram para me conhecerem um pouco melhor? Espero que sim.
Difícil vai ser nomear os “castigados” para próxima tarefa…

Lá vai:
Mocho Falante
Caracolinha
Bastet
Malefícios da Felicidade







28.3.06

De Calatrava...



Sou fã de Santiago Calatrava, sempre que vou à Expo/98 (Parque das Nações para outros) fico a admirar a Gare do Oriente, hoje tirei até fotos.
A Expo/98 foi para mim um marco, uma maneira de reconhecer que somos capazes de fazer coisas, se para isso nos empenharmos.
Lá, na altura, foi-me possível, sem sair do país, sentir-me no estrangeiro civilizado, onde a democracia era um estado de espírito e onde me foi possível vislumbrar o povo português num futuro desejável e que já tarda…
Mas voltando ao dia de hoje… fui ao Vasco da Gama sobretudo para ver o filme “Boa noite e Boa sorte”, que não queria perder, era o último dos que me propus ver dos que tinham nomeações para os Óscares.
Correspondeu ao que esperava dele, duma sobriedade que só a abordagem pela rama da “caça às bruxas” de McCarty me deixou água na boca. Perfeito o desempenho de David Strathairn, que só a criatividade Philip de Seymour Hoffman impediu que ganhasse o Óscar, penso eu.
Quem, depois do 25 de Abril, se não se sentiu um pouco “vermelho”, red, ou simpatizante “pink”, no dizer de um observador…!

21.3.06

True Love


Tive hoje oportunidade de ver “Brokeback Mountain”, o segredo. A par duma natureza austera e magnificente, na montanha dos desejos, o Amor sentimento.
É nesta força deste amor-desejo que se constrói uma relação que se acomoda ao tempo esparso, aos contactos ditados por uma normalidade, apenas suportáveis pela visão da paisagem de altos cumes de sentimentos e a inebriante construção do unir dos corpos.
O amor é forte e másculo, quase violento, deixando marcas, angústias e dor. E se num o afecto se acomoda, há todo um desejo noutro de sedimentação.
E aqui temos , uma vez mais, a América dos grandes contrastes, ainda naïf, em certos aspectos.
Gostei do filme, dispensava o último gesto piegas no final…

18.3.06

Deu-me a Raiva!


Estou farta de ser tótó. Daqui em diante vou fazer PUB dos meus blogs. Eu sei que não são grande coisa, nem são elegíveis por gente culta e informada, mas sempre gostava de sentir quem os lê...
Vou meter links em tudo que é sítio...
Ora tomem lá:
http://teparta.blogspot.com/

http://asebenta.blogspot.com/

E assim vai o Mundo e eu vos gosto,

th

17.3.06

Os Filmes II



Deixei para o fim, sem qualquer premeditação, três filmes, dos que eu considerei dos melhores e que se baseiam em vidas ou factos reais.

São eles:

Munique,
Capote,
e Mrs. Henderson



Munique consolida a minha opinião de que violência gera violência e o conflito Israelo-árabe está longe de encontrar solução. Mas quem sou eu para falar de política, desta “guerra santa” feita nas oficinas clandestinas de bombistas, defensores de causas perdidas.
As dúvidas finais confirmam a minha opinião do início.
É um óptimo filme, é um Spielberg…



Há filmes que apesar de não me agradarem no todo, deixam em mim uma marca indelével, mas “Capote” foi o filme que me deixou vontade de ver segunda vez, quanto mais não seja pela interpretação magistral de Phillip Seymour Hoffman.
O sentimento dúbio, contraditório em relação ao criminoso, principalmente já no final, enquanto decorre a espera até à execução é daqueles sentimentos que só quem o experimentou sabe o quanto ele pode ser destruidor.
O que aconteceu ao escritor depois desta experiência pode bem ser resultado deste envolvimento profundo e desequilibrante.



Deixei para último lugar, propositadamente, Mrs. Henderson e o seu teatro de vaudeville.
Podia dizer simplesmente: é cinema Inglês, teatro Inglês, e considerar tudo dito. Mas não falar de Judie Dench era uma indesculpável lacuna. A sua interpretação é tão admirável, (como sempre), que qualquer franzir de olhos menos adequado seria razão para reparo.
Sou fã incondicional das produções da Velha Albion. O seu humor refinado, muito British, o seu não comprometimento com soluções rebuscadas para agrado do grande público, (vide “Pearl Harbor”, cujo final desgraçou completamente o filme), o cuidado e mestria no guarda-roupa e reconstituição de épocas passadas justificam a minha preferência.

O "Boa Noite e Boa Sorte" ficou para ver na próxima semana.

th

16.3.06

Os Filmes

Anda todo o mundo a ver os filmes que aqui ou acolá, por este ou aquele motivo, i.e.. que por nomeações diversas tenham sido galardoados com um Óscar.
Não por esse motivo, mas por saber que alguns deles são de não perder, tenho ido ultimamente mais ao cinema.
Sem querer armar em crítica, que é campo onde não meto enxada para não estragar a sementeira… vou transmitir aqui algumas impressões que me deixaram certas películas, pelo que teem que ter em conta que são meras sensações pessoais, sem nenhuma técnica ou profundidade.
·


Desta série o primeiro que vi foi “Memórias de uma Gueixa”. É um filme bonito, retrata uma realidade que está para mim longe no espaço e no tempo, cuidado ao pormenor e que mereceu o Óscar de melhor guarda-roupa. Deixou-me um amargo ao pensar naqueles amores impossíveis de jovens dedicadas ao prazer masculino, nem sempre físico, é certo, mas que não as deixava livres para poder amar o homem dilecto, quando o prazer da conquista lhes não é negado, muito pelo contrario é incentivado e pode mesmo ser uma prova a ultrapassar.


· “Transamerica”foca um tema dos que actualmente fazem parte da maioria dos filmes nomeados: a homossexualidade, o terrorismo, a política…sendo no entanto sobre o transformismo, tem à mistura a pedofilia e a prostituição masculina pedófila e homossexual. Não consegui alhear-me do facto de estar a ver um filme, o que não abona a favor do mesmo. O desempenho de Felicity Huffman é de tal maneira convincente que tive dificuldade em ver na sua personagem uma mulher a representar. Só compreendo que não tenha ganho o Óscar de melhor interprete para que não tenha sido repetido o critério que de certo presidiu à nomeação de Philip Seymour Hoffman.
Eu sei que o mundo está podre, mas fazerem cair sobre os ombros de um jovem tanta desgraça (foi violado em criança pelo padrasto, descobriu o cadáver da mãe que se tinha suicidado, começou a prostituir-se quando fugiu de casa e a drogar-se e para cúmulo descobre que o pai é um transformado a caminho da última operação para se tornar mulher…), é uma maldade muito grande…
·


“O Fiel Jardineiro” já tinha visto antes das nomeações e não assisti ao começo do filme pelo que pouco vi da interpretação de Rachel Weisz.
Vou repetir o que senti no final do filme, o que levou um comentador deste blog a dizer, e faço copy: Anonymous said...
Esta é a mais merdosa crítica de cinema que já li...
Quando o avião parte para aquela que o Jardineiro escolheu ser a sua última viagem, é o sorriso e o olhar (aqueles inocentes olhos negros) das crianças que tocam fundo na minha alma e a ter esperança, apesar de não a haver para elas.

A história de amor, que é forte, justifica a violência de certas imagens, que por sua vez nos dão a dimensão da tragédia provocada por interesses, sempre inconfessáveis.


De “Match Point” , de que vi apenas a primeira parte, já que uma urgência me impediu de ver o resto do filme, posso só dizer que muito ao de leve parece um filme de Woody Allen e Londres, que aqui aparece através da câmara enamorada da cidade, é sem dúvida a protagonista principal.


Adenda: De "Capote" e "Mrs. Henderson" direi um dia destes o que me foi dado observar...

10.3.06

8 de Março



O meu 8 de Março tem a ver com aquelas mulheres que lutaram e continuam a lutar pelos seus direitos. É uma homenagem às que, ao longo dos anos e em todo o Mundo, até morrem pelos seus ideais e pela justiça.


..."Foi no bojo das manifestações pela redução da jornada de trabalho que 129 tecelãs da Fábrica de Tecidos Cotton, em Nova Iorque, cruzaram os braços e paralisaram os trabalhos pelo direito a uma jornada de 10 horas, na primeira greve norte-americana conduzida unicamente por mulheres. Violentamente reprimidas pela polícia, as operárias, acuadas, refugiaram-se nas dependências da fábrica. No dia 8 de março de 1857, os patrões e a polícia trancaram as portas da fábrica e atearam fogo. Asfixiadas, dentro de um local em chamas, as tecelãs morreram carbonizadas..."

(...resultado da minha pesquisa na net)